Foi entre a multidão emocionada, no silêncio de um coração que se quebrantava bem ali ao meu lado, que compreendi: o CELEBRAR 2025 não foi apenas um evento. Foi um encontro. Foi altar. Foi intercessão.
Porque quem esteve lá, entre os dias 12 e 14 de setembro, sabe o que significa ver uma cidade se levantar espiritualmente — não para se exibir, mas para se ajoelhar. Não para buscar aplausos, mas para oferecer tudo. Não para se encher, mas para se esvaziar.
Na Arena Cerrado, eu vi o céu se abaixar devagarinho. E tocar a terra com as pontas dos dedos. Houve música, claro. Shows lindos, apresentações intensas, momentos de beleza pura. Mas nada — absolutamente nada — brilhou mais do que a fé que vi nos olhos das pessoas. Nada ofuscou o brilho das lágrimas sinceras. Nada foi mais forte do que aquele silêncio reverente que, vez ou outra, tomava conta de tudo.
Celebrar: verbo que virou experiência
Nunca o verbo "celebrar" fez tanto sentido para mim.
Porque celebrar, naquele fim de semana, não foi agitar, nem apenas cantar. Foi reconhecer, com humildade, que há algo muito maior que nos sustenta. Foi parar tudo para agradecer. Foi abrir o coração para o que é eterno. Foi cantar não para o mundo ouvir, mas para o céu se abrir.
E ele se abriu.
Cantei com Isadora Pompeo, e cada nota parecia uma oração viva. Louvei com Rosa de Saron. Me emocionei profundamente com Paulo César Baruk — e, naquele momento, tive a impressão de que Deus me abraçava.
Mas o CELEBRAR foi além dos palcos. Muito além.
Ele se escondeu nos detalhes que só quem está atento percebe. No voluntário sorrindo com os olhos. No olhar de uma mãe emocionada, vendo o filho brincar em paz. No abraço entre desconhecidos que se tornaram irmãos de fé ali.
Eu vi a intercessão se tornar carne
Dias antes do evento, vivemos um prelúdio poderoso naquela noite de intercessão, no Rotary. Ali entendi, no corpo, o que significa interceder. Era mais que orar por um evento. Era preparar terreno sagrado. Era ser presença antes da presença.
E eu senti. Senti que estávamos tocando algo invisível.
Naqueles dias do CELEBRAR, vi essa intercessão transbordar e escorrer em forma de presença. Deus se fez morada em cada gesto. Em cada sorriso. Em cada serviço de quem entregou tudo sem esperar reconhecimento.
Vi isso nos bastidores, nos que varriam, nos que serviam comida, nos que oravam em enquanto outros estavam no palco. Vi uma entrega que só posso descrever como sacerdotal.
Mais que estrutura, houve entrega real
Sim, tivemos palco, som, luz, logística afinadíssima. Mas nada disso se sustentaria sem o essencial: entrega. E foi essa entrega — discreta, sincera, espiritual — que sustentou tudo.
Não é exagero dizer: a presença de Deus nos visitou.
E não foi porque fizemos tudo certo. Foi porque desejamos muito. Porque nos colocamos de joelhos, espiritualmente falando, e pedimos: “Vem, Senhor.” E Ele veio.
Milagres que eu testemunhei com os olhos da alma
Teve cura. Eu vi.
Teve reconciliação. Eu percebi.
Teve lágrimas que viraram alívio. Teve corações que se quebraram e foram reconstruídos ali mesmo.
Não sei os nomes. Não sei as histórias. Mas vi os olhos. Vi os ombros relaxando. Vi sorrisos nascendo de novo. Vi gente sendo tocada. Vi milagres que não sobem no palco, mas sustentam o evento inteiro.
E isso basta.
Uma cidade orando junto — eu vivi isso
Já ouvi dizer que uma cidade muda quando é ocupada pela arte. Mas acredito, hoje mais do que nunca, que ela é renovada quando se entrega à oração.
Foi o que aconteceu ali.
O CELEBRAR teve cultura, teve dança, teve arte, inclusão, espaço para as crianças, gastronomia, livros — mas, acima de tudo, teve Deus. Teve fé encarnada. Teve comunhão viva.
Vi a fé caminhando de mãos dadas com a beleza. Vi oração se tornando ambiente. Vi o povo simples, o povo inteiro, se tornando altar.
E agora, o que me ficou?
Ficou a certeza de que valeu tudo. Cada reunião. Cada intercessão. Cada detalhe escondido nos bastidores.
Ficou uma saudade bonita. Uma vontade de não deixar isso morrer. Uma vontade de carregar o CELEBRAR comigo para onde for.
E ficou também um chamado: não deixar a intercessão parar com o evento.
Porque agora eu sei — e sei de verdade — que CELEBRAR continua em mim toda vez que oro por alguém.
Continua quando escolho ser ponte.
Continua quando lembro que fé, se não for dividida, não cumpre seu papel.
Nos vemos em 2026
E se você não pôde estar lá, tudo bem. O CELEBRAR também é para você. Porque, como eu mesmo disse antes: o evento começa no palco, mas continua nos joelhos.
Nos joelhos da alma.
Nos encontramos em 2026, se Deus permitir. Ou antes, em alguma oração que se cruza com a minha.
Que seja pela fé.
Que seja pela vida.
Que seja por amor.
Que seja CELEBRAR.